Rodrigo Sant'Anna em entrevista ao RJ1 neste sábado (17); comediante reafirma orgulho de ser LGBTQIA+
Rodrigo Sant'Anna frisou que, enquanto pessoa pública, não
pode se manter isento e precisa reafirmar o orgulho de ser LGBTQIA+. "É
importante que a gente se posicione para que vá ganhando um espaço de
minimamente respeito", afirmou o humorista em entrevista ao RJ1 neste
sábado (17).
Em conversa com o jornalista Fábio Júdice, o ator explicou
que o apoio da família é fundamental para que ele possa falar abertamente sobre
a sua sexualidade.
"Acho que a gente vive num momento político que
determinadas posturas precisam ser assumidas. Eu nasci e tenho orgulho de ser
gay. Eu resolvi falar disso como pessoa pública para mostrar que eu sou feliz
assim", comentou ele, que está casado com Júnior Figueiredo desde 2019.
O intérprete ainda acrescentou que a comédia é fundamental
neste momento não só para abrir a cabeça das pessoas e combater o preconceito.
"Eu fico muito tocado como o humor é um refresco. A gente precisa de
alguma coisa para contrapor isso que a gente está vivendo", disse.
Ele tirou boa parte de suas personagens mais famosas, como a
Valéria do Zorra Total (1999-2015), vem da observação de amigos e familiares.
"As mulheres da minha vida foram mais fortes do que os homens e, de certa
forma, até mais engraçadas", pondera.
A avó Adélia, aliás, serviu como base para a protagonista do
Tô de Graça, prestes a estrear uma nova temporada no Multishow. 'Ela veio da
Bahia, teve dez filhos, morou em muitas comunidades. É a possibilidade de
mostrar a minha gente por mais um ano. Eu sou o Manoel Carlos do subúrbio. Ela
é minha Helena", continuou Sant'Anna.
O artista, no entanto, entregou que não é tão
"barulhento" quanto as suas principais criações. "Talvez seja
até uma catarse da minha personalidade fazer essas figuras tão estriônicas porque,
no fundo, eu gostaria de ser assim. Eu sou tão quietinho", disparou, aos
risos.
Rodrigo ainda lembrou a sua recuperação da Covid-19.
"Graças a Deus, não foi tão grave. É um pouco clichê falar, mas a gente
sai daquela doença com um olhar renovado. É uma sensação de gratidão",
arrematou o carioca.