Através de seu Instagram, ela compartilhou um longo texto onde diz não entender o que leva as pessoas a julgarem o que o outro sente. Ela ainda falou de si mesma e de quando sua mãe faleceu, ela mesmo triste desolada não conseguiu chorar.
“O que está acontecendo com a humanidade nas pessoas? Como mudar esse erro? Como melhorar o mundo no quesito amor ao próximo?”
“Ler algo desse tipo, em que pessoas julgam o sofrimento das outras só me faz pensar no quanto muitos ainda precisam aprender. E penso eu que, infelizmente, aprenderão na dor já que no amor pelo próximo parece estar sendo impossível.”
“Quando minha mãe morreu, em seu velório, lembro-me muito bem das pessoas vindo me abraçar ou consolar e eu dizia a seguinte frase : “olha só (apontando pro caixão) que coisa, né? Olha o que aconteceu!”. Inclinava minha cabeça como quem mostra pesar e abraça a pessoa. Não descia lágrimas.”
“Isso quer dizer que eu não estava sentindo nada? Que não estava sofrendo a dor da perda da base da minha vida? Da minha mãe? Sim, eu estava. Eu estava sem chão. Sem rumo. Mas diferente do que esperam, eu não estava chorando rios. Gritando ou me expressando de qualquer outra maneira que acham que seria o “normal” para o momento.
Minha mãe era sorriso, abraços e fé. Ali, eu estava sendo a extensão dela para com seus amigos.”
“Cada um reage a dor da sua maneira. Cada um tem seu tempo de absorção da realidade e entendimento do seu sentimento. Cada um age como QUER! Não julguem! Não se deve escrever só pelo prazer de falar mal de alguém. Não façam isso!”
“As pessoas mais próximas a Marília Mendonça estão despedaçadas, tenham certeza! Mas cada uma expressa do seu próprio jeito. Eu, que era a filha, sorri e consolei muitos amigos que choravam a morte da minha mãe.”
“Pelo que leio nos sites de notícia, Naiara Azevedo cantava sorrindo porque Marília era sorriso e alegria. Maiara sorria de frente ao caixão porque pensava , acredito eu, mas coisas boas que a amiga era e, certamente, transparecia em seu sono eterno. Eu mesma, quando cheguei perto da última “cama” de minha mãe, olhei pra ela, sorri e disse: “você está linda, mãe!”
Por favor, não julguem o que não sabem! Não escrevam palavras duras direcionada a pessoas que estão passando por um luto.
Ninguém age ou reage como você, ou como você acha certo.
Mais empatia e respeito. A nossa evolução neste mundo depende disso!.”
Confira publicação abaixo:
