Morreu neste sábado a escritora Lygia Fagundes Telles aos 98 anos.
A informação foi divulgada em primeira mão pelo colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo.
Lygia é conhecida como “a dama da literatura brasileira” e integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Ela publicou seu primeiro livro de contos, de nome “Porões e sobrados”, em 1938.
Ganhadora de prêmios como o Jabuti e Camões, em 1977, em plena ditadura, é uma das autoras do manifesto dos intelectuais contra a censura.
Lygia é considerada uma das grandes referências no pós-modernismo, enquanto suas obras retratam temas como a morte, o amor, o medo e a loucura, além da fantasia.
A escritora também era formada em Direito, tendo cursado a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.
Lygia Fagundes Telles conduziu sua trajetória literária trabalhando ainda como Procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, cargo que exerceu até a aposentadoria.
Foi ainda presidente da Cinemateca Brasileira, fundada por Paulo EmÃlio Sales Gomes.
É membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Letras.
A escritora teve seus livros publicados em diversos paÃses como Portugal, França, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Holanda, Suécia, Espanha e República Checa, entre outros, com obras adaptadas para TV, teatro e cinema.