A atriz Claudia di Moura está fazendo o maior sucesso na novela da Rede Globo ‘Cara e Coragem’. Na trama ela interpreta a mãe da personagem Anita (Taís Araújo), a Martha. Claudia resolveu conceder uma entrevista para a Revista Contigo, no bate papo ela fala sobre representatividade negra na TV Brasileira, comenta sua estreia em ‘Segundo Sol’, ano de 2018, e ainda faz um paralelo entre sua vida profissional e pessoal.
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Na entrevista, a artista começa falando sobre seu papel em Segundo Sol, e também comenta a respeito da representatividade: ”Essa é a dimensão qualitativa da representatividade. Queremos não apenas ser vistos, mas também escolher de que modo somos vistos. Queremos mais atores negros em tela, mas também em papéis que não reiterem estereótipos racistas e que sirvam de referência construtiva. Isso não significa que devemos ser sempre os mocinhos, imaculados.”, destaca.
Em seguida ela ainda complementa: ”Queremos personagens complexos, mas não mais submissos, não mais escravizados. Não queremos nossa existência condicionada a uma situação de vulnerabilidade social e de subserviência em nenhuma esfera, mesmo que na ficção”, diz.
Claudia também expressa seu orgulho ao comunicar que a novela ‘Cara e Coragem’ em si é uma obra icônica: ”Cara e Coragem definitivamente é uma obra feminina, escrita, dirigida, produzida e protagonizada por mulheres. Isso é uma conquista histórica e exemplar, resultado de uma luta centenária contra o machismo que domina os meios de produção. No que toca à representatividade negra, a novela acerta ao trazer a família Gusmão para vestir a nossa pele. Fico na expectativa de que as discussões provocadas por essa escalação se avolumem e ajudem a tornar decisões criativas como essa mais e mais recorrentes”, afirma.
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Ela ainda faz um paralelo entre sua vida pessoal e profissional: ”Quero projetos cada vez mais autorais, papéis cada vez mais desafiadores, histórias cada vez mais apaixonantes. Quero abraços demorados e sorrisos infinitos. Liberdade, leveza, alegria e estar sempre rodeada daqueles a quem quero bem. Desejos maiores que os medos, firmeza nos passos, doçura nos gestos. É isso que a vida espera de mim”, pontua.
