Agnaldo Timóteo (1936-2021) e Sidnei Lobo Pedroso: advogado é inventariante dos bens do cantor
A herança de Agnaldo Timóteo (1936-2021) virou estopim de uma briga judicial entre a família do artista. O advogado que cuida dos bens do cantor, Sidnei Lobo Pedroso, espera que a vontade de Timóteo expressa em testamento seja respeitada. Durante a guerra, o inventariante chegou a ser acusado de estelionato.
O documento deixado pelo artista indica que 50% dos bens devem ficar para Keyty Evelyn, sua filha adotiva, e outros 50% precisam ser distribuídos entre a família.
A divisão causa confusão porque uns querem mais, outros se recusam a abrir mão de bens de Timóteo. Entre o patrimônio deixado, estão três apartamentos no Rio de Janeiro, uma pizzaria, um apartamento em São Paulo e uma mansão avaliada em R$ 16 milhões. Além disso, 75% dos lucros da discografia dele devem ficar para Keyty.
No Balanço Geral SP deste sábado (5), Geraldo Luís visitou a propriedade milionária e se chocou com um recado de Pedroso à família do cantor.
Gostaria de apelar para os herdeiros legatários que a gente faça uma composição amigável. O Agnaldo deixou bastante, e devemos respeitar a vontade dele, que foi sacramentada no testamento. Se der para dividir em partes iguais, um apartamento vai para um, outro vai para outro.
Maria do Rosário, governanta que cuidou do artista durante muitos anos, alegou não ter recebido o que deveria, de acordo com os direitos trabalhistas, ao ser demitida. Após a morte do intérprete, ela não quis abandonar Keyty sozinha na propriedade, e as duas chegaram a passar necessidade. Hoje um segurança mora no local para evitar invasões.
"Vamos sentar e dialogar para fazer um acordo? A Kayty tem 15 anos, e os herdeiros tem mais de 70 anos. Eles têm que usufruir daquilo que o Agnaldo deixou em vida", apontou o inventariante.
Divisão dos bens
Desde a morte de Agnaldo Timóteo em abril de 2021, sua herança não foi distribuída. Um dos problemas era o reconhecimento de Keyty como filha dele. A jovem morou com o cantor desde os 2 anos, mas não tinha a paternidade registrada --o que foi feito quatro meses depois da morte.
Damião Sá da Silva, conhecido como Timotinho, alega ser sobrinho do artista e quer parte da herança. Rutinete o acusou de estelionato. Outros cinco familiares são citados no testamento: os afilhados Marcelo de Souza Vasconcellos e Márcio de Souza Vasconcellos; e os irmãos Rutnete, Cícero Thimoteo Pereira e Maria do Carmo.
