A atriz Cássia Kis, 64 anos, que está presente na novela da Rede Globo ‘Travessia’ como a personagem Cidália deu uma declaração para o Jornal Folha de S. Paulo. Em suas falas a artista diz que não possui preconceito contra homossexuais e também expõe que vem sofrendo assédio moral.
Ela faz uma reflexão sobre a questão de se impor com mais firmeza perante as situações. A mulher inicia: ”Quem escreve estas linhas não é a Cássia protagonista de novelas da TV, mas a Cássia que assumiu o protagonismo da sua própria vida, com serenidade, após reencontrar na fé católica o barro de que é feita.”, pontua.
Em seguida ela fala que não quis procurar nenhum tipo de confronto com ninguém e reafirma sua posição: ”Não busquei confrontos, mas também, na minha idade e com as minhas cicatrizes, não quis parecer o que não sou. Simples assim”, discorre a atriz da emissora dos Marinho.
Posteriormente Cássia comenta seu posicionamento político e que as expressões homofóbicas que proferiu não foram criadas por ela. A atriz prossegue: ”Dizem que, por assumir uma posição política conservadora, eu estaria envergonhando a classe artística. Se fosse apenas isso, tudo bem. Mas o zum-zum-zum chegou além, pois me atribuem intenções que não tenho, palavras que não disse e crises que não criei.”
Kis pontua que vem sofrendo assédio moral e está sendo acusada formalmente por homofobia: ”A pressão sobre mim —verdadeiro assédio moral — ganhou contornos policiais, pois me chega a notícia de que estou sendo formalmente acusada de homofobia por um grupo de ativistas do Rio de Janeiro”, declara.
A mulher afirma que não é homofóbica: ”Não sou nem nunca fui homofóbica. Sou, no máximo, ‘mentirofóbica’ e ‘idiotofóbica”’, destaca. A artista faz uma outra reflexão sobre política e fé: ”Meus detratores dizem que política e religião não se misturam, porque o Estado é laico. Mas eles estão justamente politizando a minha fé, talvez imaginando que rezar o terço, ir à missa aos domingos e me confessar com um sacerdote sejam atos políticos”, comunica.
E ainda reitera: ”Estão enganados. Ocorre que a Cássia que reza é a mesma cidadã que tem o direito constitucional de manifestar suas preferências políticas. Uma só pessoa, duas coisas diferentes.”, diz.