O longa apresenta uma história previsível com um vilão em potencial
Com a direção de Peyton Reed, o terceiro filme do herói Homem-Formiga traz mais uma vez Vespa ao seu lado. A novidade é que juntos eles exploram um novo universo da Marvel que não foi tão exposto até então, a Quantumania. O longa consegue trazer importantes significados para essa nova fase que está por vir.
Na história, Scott Lang (Paul Rudd) coleta os frutos de ter salvado o mundo ao lado dos Vingadores e ao mesmo tempo lida com a inteligência da jovem Cassie (Kathryn Newton). O herói busca manter as coisas a salvo, proteger e cuidar ao máximo de sua filha. Ele é surpreendido ao descobrir que ela está explorando o Reino Quantum, que acaba aprisionando ele e a família de Hope (Evangeline Lilly) nesse local desconhecido.
Sem perder a essência, o longa inicia mostrando a vida de Scott de forma caricata, com a narração do que se passa em sua cabeça. De forma abrupta tudo é interrompido ao saber que sua filha está presa. Diante das muitas descobertas sobre a esperteza da garota, desde o começo a história revela o seu foco: a relação dele com Cassie.
O filme explora a Quantumania, revela o poderoso Kang, O Conquistador nas telas do cinema e desenvolve novos seres dessa ramificação do universo da Marvel. Ainda assim, a todo momento a importância de Cassie para o pai se torna o verdadeiro centro da história, tal como o desenvolvimento da personagem com novos poderes. Por essa introdução, a Vespa (Evangeline Lilly) é deixada de lado nos arcos centrais e possui uma participação muito simples na história como todo.
Os personagens secundários possuem um desenvolvimento satisfatório para a compreensão do enredo. No entanto, a fraqueza do roteiro torna a história previsível e com plot twists fracos, perdendo o impacto da ação em alguns momentos. As lutas possuem um desenvolvimento interessante, mas assim como a construção da escrita da narrativa, são simples e esperadas.
Ao explorar o local que já foi mencionado tantas vezes no MCU, pode-se perceber que o longa comete algumas falhas nessa representação. Começando pela riqueza de detalhes, mas a falta de explicações pela grande preocupação de outros problemas. Diferente de Guardiões da Galáxia, que introduziu e sustentou novas ramificações da criatividade desse universo.
Comparado a outros CGIs, a fotografia e as artes visuais deixam a desejar na Quantumania. Existia uma riqueza de seres, histórias e arcos que poderiam tirar a história do óbvio. Mas foram brevemente ilustradas em curtos momentos que já garantiram uma certa surpresa ao telespectador.
“Homem-Formiga 3” se salva por Kang, O Conquistador
O verdadeiro protagonista que atrai o telespectador e surpreende na história é o vilão Kang, O Conquistador. O personagem é o verdadeiro dominador do multiverso e recebe uma entrada misteriosa na trama. Ele se revela aos poucos e contribui para os momentos mais impactantes da história.
A atuação de Jonathan Majors entrega um vilão bem construído e com expressões realistas e bem performadas. Ele não se esforça de forma forçada para conquistar o telespectador, naturalmente o personagem apresenta uma história convincente e seu poder é potencializado pelas curtas lutas e principalmente pelas cenas pós-crédito.
As novas informações prometem grandes realidades para o futuro da Marvel, especificamente para a 2ª temporada de Loki, em que o personagem já tinha sido alvo de especulações pelos próprios personagens. Ao trazer para esse filme, o estúdio resgata a contribuição de Scott e insere nessa nova etapa que precisará de novas figuras para deter um mal maior do que Thanos.
“Homem-Formiga e Vespa: Quantumania” se sustenta pela promoção e desenvolvimento da nova maior ameaça no universo da Marvel. Apesar disso, a simbólica relação entre Cassie e Scott constroem um bom envolvimento emocional na trama, mesmo diante de certa fraqueza no roteiro e da simplicidade da fotografia do Reino Quantum. O filme apresenta cenas pós-crédito com um grande impacto para o futuro desse universo e empolga os fãs pela ansiedade do que está por vir.
