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O que é o chip da beleza? Especialista explica tudo sobre o procedimento polêmico usado por Flay


Com nome atraente, o chamado chip da beleza se popularizou nas redes sociais com a promessa de melhorar o aspecto da pele, deixar os cabelos mais sedosos, acelerar o processo de emagrecimento e tonificar os músculos. No entanto, com a ex-BBB Flay aconteceu exatamente o oposto.

A cantora revelou, no último domingo (16), detalhes da sua experiência com o tal chip. De acordo com ela, o dispositivo provocou uma acne severa em seu rosto, o cabelo começou a cair em grandes quantidades e ainda ganhou dez quilos.

“Vinha essa promessa de emagrecimento, de ganho de massa, de melhora da pele, melhora da celulite. Minha pele foi minha maior tristeza. Meu rosto começou a encher completamente de espinha. Meu corpo está inchando muito. Foi com o chip que eu ganhei dez quilos”, contou Flay em entrevista ao programa Fantástico, da Globo.

Flay

Rosto de Flay após “chip da beleza” (Foto: Reprodução/Instagram)

“Destruiu a minha pele. Eu nunca tive espinhas no rosto na minha vida inteira. Nunca! Eu tive nas costas na puberdade, no rosto nunca”, afirmou ainda a ex-participante do Big Brother Brasil, desta vez através dos stories do Instagram.

Mas afinal, o que é o chip da beleza?

O chip da beleza é, na verdade, um implante hormonal. Ou seja, é um mecanismo que libera substâncias funcionais para o organismo. Ele pode ser feito de silicone ou de um material absorvível – o de silicone, por exemplo, é inserido por baixo da pele do abdômen ou do glúteo e age liberando uma possível combinação de hormônios.

Segundo a Dra. Fernanda Nichelle, médica especialista na área da estética, os efeitos colaterais deste implante hormonal dependem dos ativos que serão aplicados no chip: “Por exemplo, se for inserida a testosterona, o efeito colateral é o aumento da oleosidade da pele, queda de cabelo, pelos indesejados pelo corpo… Tudo dependerá do ativo que for inserido e da concentração dele”, explicou ela em conversa exclusiva com a Metropolitana FM.

Questionada se existe uma idade certa para recorrer ao uso do chip, a Dra. afirma que não há idade específica, o que existe é indicação adequada.

“Se uma pessoa entrou na menopausa precoce e possui uma indicação correta e assertiva, ela poderá fazer o uso, seja através do chip ou de alguma outra maneira para ter acesso aos ativos necessários. Então, não se faz a indicação pela idade, e sim pela necessidade”, disse.

E a indicação médica é, sem dúvidas, essencial. Para a Dra. Fernanda, quando há necessidade do paciente fazer o uso do implante hormonal e melhorar a sua qualidade de vida, o chamado chip da beleza pode ser bem-vindo e trazer benefícios somente se for indicado corretamente por profissionais da área da saúde, de maneira assertiva.

Saúde e bem-estar

Ainda de acordo com a médica especialista, a hormonioterapia ou o uso de chips com hormônios podem ser, sim, uma alternativa para alguns pacientes que estejam realmente precisando do uso complementar de hormônios.

Mas, novamente, isso depende muito da indicação adequada de um profissional da área – como um médico endocrinologista ou ginecologista – e que esteja comprovado em exames que é necessária a adição desses ativos no organismo. Ou seja, nada de aplicar o chip porque alguma influenciadora ou celebridade também usou e deu certo para elas.

Para a Dra. Fernanda Nichelle, o grande problema da banalização do chip da beleza tem uma explicação simples: o imediatismo de conquistar resultados.

“Muitas pessoas estão delegando aos hormônios o estilo de vida saudável. Como por exemplo, ao invés de querer frequentar uma academia todos os dias, preferem que o hormônio (chip) dê esse empurrãozinho ao invés de se exercitar, comer bem, ter de fato um estilo de vida saudável, e assim acabam achando mais fácil o uso de hormônio terapia”, diz ela.

“Eu não indico o uso do chip, pois acredito que só deve ser indicado por um médico que esteja apto a rever os exames do paciente, avaliar, e concluir que esse paciente precisa de fato de uma reposição hormonal. Não acredito que o chip seja uma alternativa para todas as pessoas ou para a maioria das pessoas como tem sido prescrito”, finalizou.

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