Luís Aleluia era um dos comediantes mais conhecidos da TV e sua partida gera reflexões sobre saúde mental
Na sexta-feira (23), parentes, amigos e fãs do ator Luís Aleluia ficaram em choque com a notícia de sua morte. Ele foi encontrado sem vida na garagem de sua casa.
Veículos de imprensa de Lisboa apontam provável suicídio. A mulher do artista, Zita Favretto, se manifestou resiliente.
“O meu grande amor preferiu partir mais cedo… Não estou de acordo! Mas só me resta aceitar a tua última vontade.”
Horas antes, Aleluia postou em seu perfil no Facebook fotos ao lado dela e dos filhos. A legenda, agora, ganha novo sentido: “Façam o favor de ser felizes”.
O ator também enviou uma mensagem de texto em tom de despedida ao melhor amigo, João Loy. “Sempre te tive como um irmão, não de sangue, mas que a vida me deu, com todos os feitos e virtudes e que só o amor entenda aceitar.”
Em redes sociais, admiradores de Luís Aleluia comentaram que a depressão e outros transtornos emocionais não têm cara.
“Por vezes, as pessoas aparentemente mais alegres, bem-dispostas, com sorriso no rosto, são as que mais sofrem. Supostamente era uma pessoa com vida feliz, só que não”, escreveu Inês Pereira.
O ator, de 63 anos, estreou nos palcos aos 10. Construiu sólida carreira no teatro e na TV, onde participou de programas humorísticos e novelas.
A morte de Luís Aleluia acontece exatamente 3 anos após o suicídio do galã Pedro Lima, aos 49 anos, outro artista consagrado da TV portuguesa afetado por problemas emocionais.
O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio. Atende gratuitamente todas as pessoas que precisam conversar, sob total sigilo. Ligação gratuita pelo 188. Unidades do SUS orientam a respeito de tratamento da saúde mental.