Na entrevista a seguir, Rodrigo comenta seu comportamento e o de outros participantes no confinamento, pontua decepções, conta os motivos de não ter formado casal e arrisca palpites sobre quem pode chegar à final da 22ª edição do ‘Big Brother Brasil’.
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Você falava bastante sobre jogo na casa. Agora, aqui fora, acha que sua visão sobre a competição era semelhante à do público ou não?
Eu acho que o público gosta do jogo.
Dentro da casa, eu via as pessoas votando e pedindo desculpa.
Pensei: a gente está em um jogo por R$ 1,5 milhão ou em um jogo de relacionamento?
O que me fez ser cada vez mais incisivo foi o primeiro discurso do Tadeu.
Ele parecia mostrar que queria ver o jogo acontecer, falou “será que as pessoas estão gostando dessas gracinhas, dessas músicas?”, algo assim.
Eu não sei se eu que entendi errado, mas, a partir disso, eu decidi jogar.
Entendi esse recado e me movimentei como se fosse uma peça de xadrez.
E, realmente, acho que pesei a mão nisso, poderia ter me relacionado mais.
Não estava mais me sentindo bem com isso, não estava sendo um cara legal para as pessoas.
Talvez o jogo desse ano tenha um outro estilo.
Eu via as pessoas fugindo de mim quando eu falava da competição porque eu estava chato para caramba mesmo (risos).
Mas, para mim, o jogo era uma brincadeira e não uma maldade.
Gostava muito de mexer as coisas, de falar das peças, das dinâmicas.
Era o que me motivava lá dentro.
Mas, acho que perdi a mão, porque sentia as pessoas bem diferentes de mim, nesse ponto.
Eles são mais good vibes, e eu não me vi me encaixando nisso.
Você acredita que acabou virando alvo da casa por falar muito de estratégia?
Eu virei alvo porque eu quis virar alvo.
Eu quis mexer no jogo, acho que temos que dar entretenimento para o público.
Quando eu via todo mundo bem parecido, eu só pensava que ali era a chance da minha vida e eu não queria mudar quem eu sou.
Eu não tive medo de jogar.
E pensava: tenho que ficar aqui cantando música, rindo das piadas sem graça? Por isso que eu já estava me sentindo chato com as pessoas.
Diversas vezes você comentou que não concordava com a postura dos participantes na competição. De uma maneira geral, o que mais te incomodava?
Achava a galera passiva para o jogo.
Mas é um direito deles, não tem certo nem errado.
Só que, para a minha visão do BBB, não combinava.
Eu via mais como um lado profissional do que pessoal.
Eu deixei de trabalhar para estar no reality, então, na minha cabeça, era como seu eu estivesse trabalhando ali.
Eu acordava e queria jogar; não sei se foi um erro ou não.
Mas, as outras pessoas queriam mais brincar, curtir.
Só que as meninas do meu quarto que não queriam jogar estão há duas semanas na Xepa, enquanto o camarote está há duas semanas no Vip; quando tiveram que vetar alguém da prova, foram pessoas do meu quadro; depois, me colocaram no paredão.
Estava tudo cômodo para quem estava no Vip e das meninas que estavam na Xepa eu não sentia um incômodo com a situação.
Isso também me incomodava.
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Na sua visão, o que te levou a ser eliminado?
Foi um conjunto de coisas.
O meu erro de tentar me orientar dentro do BBB – isso foi um aprendizado para a minha vida porque, de fato, eu tenho que buscar conhecimento, e não ter alguém que me ensine dentro do programa.
Teve ainda o meu jeito mais agressivo de jogar…
Foi uma soma de coisas que não favoreceram a minha permanência na última semana.
Antes de saber a dinâmica da semana, você estava certo de que conseguiria puxar o Arthur no contragolpe. Acha que se tivesse enfrentado ele no paredão, teria permanecido na disputa?
Tenho minhas dúvidas porque acho o Arthur um grande jogador.
De todos ali, acho que é o que mais vai se destacar como jogador.
Nós tivemos uma falta de comunicação e só entendemos isso depois da formação de paredão.
Se a conversa entre nós dois tivesse acontecido antes, provavelmente o Douglas Silva teria sido a minha primeira opção.
O Arthur pensou algo de mim, eu pensei algo dele, colocamos aquilo na mente e agimos a partir disso.
Mas, na verdade ele é um menino muito bom, gente finíssima.
Foi uma falta de comunicação nada a haver.
Acredita ter feito tudo o que podia para escapar desse paredão?
Eu sei que eu me coloquei como alvo ao tentar desafiar as pessoas no jogo, mas eu tentei fazer alianças para ganhar terreno, mais do que fugir do paredão.
Porque, cada vez mais, o camarote está ficando forte.
Eu queria que a gente se fortalecesse para bater de frente com eles no jogo, nada de forma pessoal, não.
Você se sentiu rejeitado por ter uma visão diferente de boa parte dos brothers a respeito do programa?
Sim! Eu sentia, as pessoas saíam de perto de mim.
O que é normal, eu estava chato mesmo, algumas vezes.
Estava tentando achar o meio termo da minha vivência, mas não consegui.
Cada vez que eu tentava falar de jogo e as pessoas negavam, eu ficava triste para caramba.
Ia para a piscina, queria ficar sozinho…
Esse era um elenco totalmente diferente do que eu imaginei, me pegou de surpresa.
Você chegou a flertar com algumas meninas no confinamento, mas acabou não rolando nada, Em determinado momento disse que tinha alguém aqui fora, Isso te impediu de ficar com alguém na casa?
Não. Eu realmente não me interessei.
Talvez mais para frente pudesse acontecer, mas duas semanas era muito pouco.
As meninas são maravilhosas, gente finíssima, me tratavam com o maior carinho do mundo.
Mas não era o meu intuito até então ficar com ninguém.
Eu gosto de alguém aqui fora, mas não estava em um relacionamento.
Eu podia, sim, me relacionar.
Até aquele momento, não me interessei.
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E você pretende ir atrás dessa pessoa aqui de fora?
A gente se falou um pouco.
Ela está em algum lugar fora do Brasil, eu acho, falou que volta essa semana.
E a gente vai conversar, trocar uma ideia.
Está tudo muito novo, estou perdidinho, com muito medo (risos). Mas, estou aqui.
Você conseguiu fazer amigos de verdade no BBB?
Eu achava que tinha feito, mas estou vendo alguns vídeos aqui fora e não sei se era real, foram coisas que eu não esperava.
Por isso que eu tinha medo de me relacionar, de me jogar.
É um medo meu ser decepcionado. Mas, tudo bem, é da vida.
Quais foram essas pessoas que podem ter te decepcionado?
A Bárbara eu achava que fosse minha amiga.
Também vi algumas cenas do Eliezer, ele falando para outras pessoas que meu jogo não era bom…
Podia ter falado comigo, trocado uma ideia.
Por outro lado, o Lucas pode ser um amigo meu aqui fora.
Ele é um menino muito bom, de bom coração.
E no BBB, se ele se jogar, pode ir longe.
Você considera que teve aliados ou que seguiu um jogo solo?
Percebi que foi um jogo solo.
Me senti uma derrota no paredão de domingo.
Tentei fazer acontecer uma estratégia e não rolou.
Em algum momento, pensou em mudar sua forma de jogar?
Pensei, sim.
Se eu tivesse ficado, teria mudado totalmente de ideia.
Tanto que nos dois últimos dias eu aliviei mais, a intensidade acabou. Eu já não queria mais falar de aliados, se quisessem se juntar um ou dois comigo, estaria bom, se não, não tentaria mais.
Qual foi o momento mais feliz que você viveu dentro do confinamento?
O show do Alok.
Nao conseguia imaginar que tudo aquilo era só para nós! Toda hora, durante aquela festa, eu pensava: estou mesmo no ‘Big Brother Brasil’.
Foi surreal para mim.
Quem tem mais chances de levar o prêmio de R$ 1,5 milhão?
Estou na dúvida.
Se eles continuarem nessa passividade, o favoritismo vai mudar semana a semana.
Eles estão dançando conforme a música que está tocando.
Lá dentro a gente imaginava que o Vyni era muito carismático, e é mesmo.
Mas, na minha opinião, o cara mais inteligente para o jogo é o Arthur.
Ele pode ser alguém que vai chegar à final.
Eu gosto de todo mundo, principalmente do pessoal que era do meu quarto.
Gostaria que o Arthur e a Laís fossem para a final.
Mas queria muito que um jogador ganhasse.
Quero ver gente jogando mesmo, dando a cara a bater para chegar lá.
O que pretende fazer agora que é conhecido por grande parte do público? Vai continuar trabalhando em sua área ou quer investir em algo diferente?
Ainda não sei, estou um pouco perdido (risos).
Vi que já tenho algumas propostas e vou tentar nadar na onda.
Eu sou um cara que gosta de estudar, gosta de trabalhar bastante.
Não sei para qual mercado eu vou, mas aqui eu não paro.