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Com elegância, Lázaro Ramos detona Mario Frias e bolsonaristas: 'Só lamento'

Lázaro Ramos de blusa bege, sorri para foto no estúdio do Roda Viva, na Cultura

Lázaro Ramos fez uma crítica contundente, mas com muita serenidade e elegância, ao governo de Jair Bolsonaro e a seus apoiadores. Durante participação no Roda Viva, na noite de segunda (11), o ator e diretor rebateu ataques de Mario Frias, ex-secretário de Cultura, e de Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares. Ele disse que lamenta por quem ainda segue ideias do atual presidente do Brasil e membros do governo.

No programa, Ramos foi questionado pela jornalista Marina Caruso sobre uma declaração de Mario Frias, que disse que o diretor e sua mulher, Taís Araujo, são "dois artistas que não fazem nada pelo país", e uma fala de Sergio Camargo, que chamou Taís de "mimizenta".

Os ataques aconteceram após a atriz afirmar que os últimos quatro anos "não foram só difíceis, foram infernais. Um pesadelo em que a gente andou para trás a galope". A jornalista perguntou o que Ramos achava em relação a ser criticado por governistas. 

"Isso é campanha política que eles estão fazendo pra chamar a atenção em cima de nós que temos relevância, temos público, e isso vai tirar inclusive o foco dos problemas do governo. É uma cortina de fumaça, isso não tem nada a ver com a gente. É para as pessoas não debaterem sobre o preço da gasolina, o preço dos alimentos. É para as pessoas não debaterem a crueldade e a falta de valor à vida com que a pandemia foi tratada. É para isso", falou Ramos.

"Na verdade, essa é uma tentativa que eles fazem há muito tempo, mas cada um luta com as armas que tem. Eu acredito muito nas armas com que a gente está lutando, que é ser ético, correto, respeitoso, trabalhador. É isso que a gente tem a oferecer ao mundo. Com relação a isso, quem vai atrás deles: só lamento", concluiu. 

Ramos foi ao Roda Viva para comentar também sobre seu filme, Medida Provisória, que estreia nesta quinta (14) nos cinemas. O longa retrata o Brasil num futuro distópico, em que o governo decreta uma MP que obriga negros a voltarem para a África, como forma de reparação ao passado escravocrata do país. 

Ele confessou que sentiu ciúme ao dirigir cenas de Taís Araujo com Alfred Enoch, ator que interpreta o marido da personagem dela no filme.

"Fiquei morto de ciúmes. Fiquei, mesmo. Geralmente eu não tenho, não sei o que aconteceu, mas eu estava muito envolvido no filme. Mas é estranho, é esquisito. 'Beija mais, repete'. Dá desespero quando erra a cena [risos]. Tive que aprender, conversei [com ela], ó que mico!", confessou Ramos. 

Confira a entrevista na íntegra:

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