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DE LUTO, MÃE DE MARÍLIA MENDONÇA ACHOU QUE MORTE ERA MARKETING: 'VAI VOLTAR'

Dona Ruth Dias veste uma blusa florida e tem expressão de tristeza

Dona Ruth Dias falou sobre o aniversário de morte de Marília Mendonça no É de Casa de sábado (5)


Um ano depois do acidente de avião que matou Marília Mendonça (1995-2021), a mãe da cantora, dona Ruth Dias, abriu o jogo sobre as dores do luto. No auge da negação, a matriarca chegou até a pensar que a morte era uma estratégia de marketing. "Eu pensava: 'Ela vai voltar'", contou.

Ruth conversou com Maria Beltrão no É de Casa deste sábado (5). Na entrevista, direto da fazenda que a sertaneja estava construindo em Goiás --e sequer chegou a ver pronta--, ela ressaltou que o último ano foi o mais difícil dos 55 que já viveu.

"A dor não passa. A gente acostuma, mas ela nunca passa. Tem dias que são piores, tem dias em que a gente está bem, em outros não está tão bem. Mas passar, a dor não passa", explicou.

Íntima de Marília Mendonça, ela apostou que o sucesso da filha (assim como a tristeza que tomou o Brasil) se deveu ao fato de que a cantora não podia ficar muito tempo presa, era do mundo. "Ela era do povão, sempre foi. O mundo sentiu falta dela por isso também", filosofou.

"Na fase de não aceitação do luto, eu pensei: 'Não, isso deve ser uma estratégia, é marketing, ela vai voltar'. Porque ela falava de tirar um ano sabático. Mas isso é coisa da gente, da negação", ressaltou dona Ruth na entrevista a Maria Beltrão.

Sem nenhum misticismo, a mãe entregou ainda que Marília parecia pressentir que algo estava por acontecer. "Ela cantava muito para mim: 'No dia que eu for embora, você vai sentir saudade'. Cantava o tempo todo. E ela um dia falou: 'Mãe, eu vou embora'. Eu respondi: 'Tô nem aí, você não levando o Léo'. Aí ela riu: 'E eu posso ir?'. Falei: 'Não, o Léo vai ficar sem mãe!' (risos). Mas é muito estranho alguém passar o tempo todo se despedindo", apontou.

Museu de Marília Mendonça?

Dona Ruth Dias contou também que não decidiu o que vai fazer com todos os pertences que guardou da filha, de objetos pessoais a fotos, reportagens de revistas e gravações. "Não consegui nem pensar. Um museu, um memorial, não sei. Ainda é muito cedo. Eu só empacotei tudo, envelopei, para deixar tudo arrumadinho e não estragar. Mas estão todas as coisas lá, ainda."

"Não idolatro isso porque o que era mais importante para mim eu entreguei para Deus, que era ela. Foi ela que eu gerei, no meu ventre", ressaltou. "Quando você perde um filho, fica com aquela dor. É muito estranho o seu emocional, ele reflete no seu corpo o tempo todo. Eu fico procurando onde dói, e é na alma."

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