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Mortes no submarino: Especialistas explicam que corpos dos tripulantes foram fragmentados


Após a implosão do submarino ‘Titan’, da ‘OceanGate’, causar a morte de 5 tripulantes e comover pessoas pelo mundo inteiro, especialistas comentaram sobre o acidente. As vítimas são Stockton Rush, Hamish Harding, Paul Henry Nargeolet, Shahzada e Suleman da Wood.

Em entrevista ao ‘G1’, Thomas Gabriel Clarke, do Laboratório de Metalurgia Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), revelou que as vítimas passaram por um processo extremamente rápido e indolor.

“Tudo foi muito rápido; as vítimas nem sentiram nada. Seria como largar toneladas comprimindo o corpo das pessoas em todas as direções”, explicou ele, que ainda deu detalhes sobre a pressão da água exercida sobre o submersível, devido à profundidade que os passageiros estavam.

Foto: Reprodução

Mais explicações dos especialistas

Segundo informações de Paulo Yukio Gomes Sumida, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), os corpos dificilmente poderão ser resgatados, porque foram fragmentados durante a implosão. Com isso, a fauna marinha acaba ingerindo os restos mortais.

“É uma questão da biologia das águas profundas. Longe da superfície, sem a luz necessária para a fotossíntese, os organismos enfrentam privação de alimento. O que cai ali é consumido muito rapidamente. As partes moles devem desaparecer em poucas semanas. Os ossos, por terem uma matriz cálcica, levam mais tempo para serem ingeridos pelos organismos — talvez um ou dois anos”, disse.

Paulo ainda explicou o motivo dos seres vivos se alimentarem nessa situação: “Ao longo da evolução, as espécies que vivem nas profundezas do oceano tiveram de se adaptar para aproveitar qualquer tipo de alimento que aparecesse. Na ausência de luz, elas costumam ter o olfato mais apurado para localizar a ‘comida'”, concluiu.

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